A decisão do tribunal segue-se a ações semelhantes no início de agosto contra a Apple e a Wikimedia Foundation, que hospeda a Wikipédia.

De acordo com ‘media’ russos, o tribunal considerou que a plataforma de vídeos YouTube, que pertence à Google, é culpada por não apagar vídeos “com informações incorretas sobre o conflito” na Ucrânia, que na Rússia é descrito como uma “operação militar especial”.

A Google também foi considerada culpada por não remover vídeos que sugerem formas de entrar em instalações que não são abertas a menores, acrescentaram as agências de notícias russas, sem especificar que tipo de instalações estavam envolvidas.

A gigante tecnológica recusou-se reagir à decisão, que não terá efeitos práticos para que Moscovo possa cobrar a multa, noticiou a agência Associated Press (AP).

Os negócios desta empresa norte-americana na Rússia foram efetivamente encerrados no ano passado após o início da invasão russa da Ucrânia.

A empresa referiu que pediu falência na Rússia depois da sua conta bancária ter sido confiscada pelas autoridades, o que a impediu de pagar a funcionários e fornecedores.

Desde a invasão russa da Ucrânia em fevereiro de 2022, a Rússia adotou uma série de medidas para punir qualquer crítica ou questionamento da campanha militar.

Alguns críticos receberam punições severas, como a figura da oposição, Vladimir Kara-Murza, que foi condenado este ano a 25 anos de prisão por traição decorrente de discursos que fez contra as ações da Rússia na Ucrânia.