Interrogado se exclui algum partido do quadro da governação ou se todos são elegíveis, Marcelo Rebelo de Sousa respondeu que vai "procurar a fórmula que, no quadro definido pelo povo, seja a mais próxima da sua leitura da vontade popular".

O chefe de Estado, que falava aos jornalistas na Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa, explicou que tem aparecido menos nos últimos dias por entender que este é "o tempo dos partidos", até às eleições, que serão o momento "do povo", e a seguir então chegará "o tempo do Presidente, que é o da formação do Governo".

Nesta fase "o Presidente apaga-se, tem de se apagar", defendeu.

Sobre o que fará a seguir às eleições, Marcelo Rebelo de Sousa acrescentou que irá tentar "encontrar, no quadro definido pelo povo, que será aquele que for no dia 10 de março, o espaço e a fórmula que correspondam mais, na sua visão, àquilo que foi a intenção do voto popular".

O Presidente da República tinha prestado declarações aos jornalistas pela última vez há 12 dias, na Guiné-Bissau, e nessa altura avisou que iria evitar comentários sobre o passado recente e o futuro próximo da política portuguesa para se manter imparcial no novo ciclo, perante os partidos que vão disputar eleições.

Marcelo Rebelo de Sousa esteve hoje na Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa, para a apresentação do livro "Elementos de política constitucional -- Ciência Política, Teoria da Constituição e Direito Constitucional", de Paulo Rangel, eurodeputado e primeiro vice-presidente do PSD.

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