À porta do estádio, a SIC esperava aquele que Villas Boas chamou de "o presidente dos presidentes", Pinto da Costa escolheu falar com exclusivamente com a SIC e deixará isso bem claro no discurso. Quanto aos sentimentos em relação ao dia de mudança deiz "estar a encarar com normalidade, estava marcado há dias por isso estava preparado para ele. Estive a tomar posse como membro do Conselho Superior e a assistir à tomada de posse dos outros membros."

Acrescenta que "correu muito bem, acho que foi um momento de transição muito calmo, muito sereno e com vontade de todos que o Futebol Clube do Porto continue a progredir".

Come mote de futuro, regressa ao passado recente: "O que eu deixo é o slogan da minha campanha: Todos pelo Porto. E se estivermos todos pelo Porto, o Porto vai ser cada vez maior."

Já que o futuro do clube acredita estar bem entregue nas mãos de Villas-Boas. "Mais do que um bom programa é um nome com prestígio no Porto." Contudo, sobre a vitória expressiva tem coisas a dizer, "teve um apoio total da parte da comunicação social. O único que foi isento e imparcial para as duas partes foi a SIC, razão pela qual estou a falar convosco. De resto houve canais onde eu não consegui falar e ele deu entrevistas. Canais onde ele era elogiado e eu quase que insultado. Jornais de referência que fizeram entrevistas de primeira página com ele e onde eu nem uma linha tive para falar. Isso é assim, as campanhas eleitorais são como são. Depois as pessoas vão atrás, criam uma mudança. Agora têm a mudança e espero, e estou convencido, e seguro que André Villas-Boas será capaz de levar o Porto em frente."

Mas reconhece que nessa missão terá desafios, "São muitos desafios, a parte financeira é um desafio sempre em qualquer altura. E a parte desportiva que ele pôs a bitola alta ao dizer que para o ano seríamos campeões nacionais. É o que todos desejamos e aquilo porque eu sempre lutava." Acrescentando que é pelos adeptos "com vida difícil que se ganham campeonatos".

Em resposta aos elogias de Villas-Boas, diz que "eram previsíveis. Um proforma, até aceito que da parte dele sejam sinceros da parte de muitos que o aplaudiram é um pouco de hipocrisia porque os conheço bem".

Já em relação às críticas à SAD diz que não está a "usurpar o lugar" e que está "apenas a cumprir os estatutos", "aliás não somos nós. É o presidente da Assembleia Geral, que até antecipou a tomada de posse para 7 a nosso pedido, agora tem que pedir a Assembleia e cumprir os prazos. Agora tem que se cumprir os estatutos. Aliás, nós até queríamos mudar antes os estatutos, não nos deixaram antecipar a AG".

Mas mesmo respaldado no cumprimento dos estatutos, acredita "e estou convencido que muita gente também, que a minha presença no final da Taça de Portugal poderá ser uma ajuda para que a equipa vença a taça. Não estou a ver que uma mudança abrupta no futebol, quando ainda nem sequer ninguém falou com o treinador, nem com os jogares, não estou a ver que isso fosse um fator positivo para entrar no Jamor com possibilidade de ganhar. Se fosse era o que faria."

Acrescenta ainda que não compreende a crítica uma vez que todos os dossiers estão do lado da equipa de Villas-Boas, assim como as respostas a todas as questões levantadas e acesso a tudo. Garantindo que não está a ser imposto nenhum entrave e que as acusações de que não pode preparar a época são falsas".

"Vou ao estádio de Oeiras em homenagem a todos os jogares nestes 42 anos", anuncia assim que estará no banco "eu só não me demito porque garanto que será importante a minha presença", reforça. Mas garante que a seguir a ganhar a Taça o fará. Recusa a ideia de que ficará no banco por haver uma questão de animosidade, até porque ele e Villas-Boas já viram jogos juntos no camarote presidencial.

Reforça a ideia de que não "está agarrado a nada" e que é falso que irá receber um indemnização".