"A promoção da igualdade de género e a eliminação das disparidades de género em todos os setores de atividade constitui igualmente um dos compromissos pelos líderes africanos no quadro da agenda 20-63 da União Africana e no quinto objetivo 20-30 das Nações Unidas sobre o desenvolvimento sustentável", disse Filipe Nyusi, durante a abertura da conferência sobre igualdade de género em África.

A conferência realizada hoje em Maputo contou com a presença das primeiras-damas do Botsuana, Malaui, Nigéria, Quénia e Zimbabué, que debateram a Igualdade de Género em África, nomeadamente no acesso a cuidados de saúde e educação das mulheres.

Para Filipe Nyusi, a iniciativa mostra que as primeiras-damas africanas têm estado a assumir "com responsabilidade" o desafio de assegurar a materialização do princípio de que "todas as pessoas nascem iguais e têm direitos iguais" no continente.

O Presidente fez menção aos esforços de Moçambique em aprovar e implementar leis, políticas, estratégias e planos sobre a igualdade de género, visando permitir que "mulheres e homens gozem dos mesmos direitos e deveres" em todos os domínios.

"Atualmente, a ação do Governo, que tem tido apoio de parceiros, incide sobretudo na promoção de igualdade de direitos e de oportunidades entre mulheres e homens", frisou o estadista moçambicano, assinalando "progressos significativos" do país em garantir o acesso das mulheres à educação e saúde.

Apesar dos esforços, a maior parte da população analfabeta do país é constituída por mulheres, referiu o chefe de Estado, acrescentando que o grupo, que é a maioria da população moçambicana, chefia mais de dois milhões de agregados familiares.

A campanha "NósSomosIguais" é liderada pela Organização das Primeiras Damas Africanas para o Desenvolvimento (OPDAD), que reúne ainda parceiros e aliados, para promover a igualdade de género "e colmatar a disparidade de género em todo o continente".

Durante a conferência das primeiras-damas, o chefe de Estado moçambicano lançou, ainda, a réplica do movimento global "Desperdício Zero", que visa promover "a gestão responsável e sustentável de resíduos".

LN (PVJ) // MLL

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