Segundo avança a CNN Portugal, a notícia surge depois de José Barros Correia te posto o seu lugar à disposição há algumas semanas. Margarida Blasco terá aceitado a mudança. Acontece que o agora ex-diretor nacional da PSP, depois de ter posto o local à disposição, ficou de contactar a MAI com a decisão se passaria diretamente à reforma. O que não terá feito, tendo sido agora afastado.

O canal de informação avança ainda que o substituto, Luís Carrilho já foi recebido pela ministra no Ministério da Administração Interna, embora ainda não seja oficial o encontro foi o suficiente para que a mudança tivesse sido feita.

O superintendente Luís Miguel Ribeiro Carrilho foi, assim , hoje indigitado pela ministra da Administração Interna, Margarida Blasco. Em comunicado, o Ministério da Administração Interna refere que “esta decisão de indigitação surge no âmbito da reestruturação operacional da PSP, quer no plano nacional, quer no plano da representação institucional e internacional desta força de segurança pública”.

Margarida Blasco exonerou hoje o superintendente chefe José Barros Correia, escolhido pelo anterior executivo.Em 2018 assumiu o cargo de secretário-geral dos Serviços Sociais da PSP, tendo exercido as funções de presidente do Grupo de Cooperação Policial da União Europeia durante a Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia, foi comandante regional dos Açores e oficial de ligação do Ministério da Administração Interna na Embaixada de Portugal na República Democrática de São Tomé e Príncipe.

O diretor nacional da Polícia de Segurança Pública exonerado, José Barros Correia, atribuiu hoje o seu afastamento do cargo à “exclusiva iniciativa” da ministra da Administração Interna.

“Hoje, pelas 18:45, a sra. ministra da Administração Interna, juíza conselheira Margarida Blasco, comunicou a minha exoneração, sendo esta decisão da sua exclusiva iniciativa”, escreveu José Barros Correia, numa mensagem enviada a todo o efetivo da PSP e a que Lusa teve acesso.

Na mensagem, José Barros Correia, refere que está há cerca de 40 anos na PSP e vai agora passar à situação de pré-aposentação.

“Exorto-vos para que continuemos, com todo o nosso profissionalismo, dedicação e entrega à causa pública, a cumprir a nossa importante missão e a merecer a confiança dos nossos cidadãos, que connosco podem contar, sempre”, refere ainda.

O superintendente Luís Carrilho ocupava, até à data, o cargo de Comandante da Unidade Especial de Polícia (UEP), tendo exercido os cargos de chefe do serviço de segurança da Presidência da República, conselheiro de polícia das Nações Unidas e diretor da divisão de Polícia no Departamento de Operações de Paz da ONU.

Luís Carrilho foi também comandante da Polícia das Nações Unidas em três operações de manutenção da paz na República Centro-Africana, no Haiti e em Timor-Leste, onde foi o primeiro diretor da Academia da Polícia Nacional de Timor-Leste.

Em Portugal, Luís Carrilho exerceu funções de comandante do Corpo de Segurança Pessoal da PSP, chefe de gabinete do diretor do Instituto de Ciências Policiais e Segurança Interna, chefe de redação da revista da Polícia Portuguesa da PSP e comandante da esquadra de segurança a residência oficial do primeiro-ministro.

Importa lembrar que o tema das forças de segurança tem sido uma polémica em cima da mesa desde o fim do anterior Governo. Em causa está a reivindicação dos agentes da PSP e militares da GNR para que lhes seja atribuído o suplemento de missão já concedido à Polícia Judiciária, uma exigência que Luís Montenegro, durante da campanha eleitoral, considerou justa, mas sem se vincular a valores concretos.

A ministra da Administração Interna tem-se mostrado convicta num entendimento com os representantes sindicais das forças de segurança, mas remeteu para as Finanças a avaliação das condições orçamentais para satisfazer as suas reivindicações.
*Com Lusa