O acordo da Vale com a H2 Green Steel, 'start-up' sueca do setor siderúrgico, prevê o desenvolvimento de complexos industriais que utilizarão os briquetes (blocos densos e compactos de materiais energéticos) produzidos pela mineradora e outras fontes renováveis para reduzir as emissões poluentes.

"Com esta parceria, a Vale dá os primeiros passos no mercado de hidrogénio verde. A iniciativa reforça o papel da Vale como promotora da 'neoindustrialização' do Brasil, que será baseada na indústria de baixo carbono", disse o presidente da empresa, Eduardo Bartolomeo, num comunicado.

Nestes complexos industriais, cujo número e localização ainda não foram definidos, a mineradora irá construir e explorar as fábricas de briquetes, que alimentarão os reatores de produção de ferro esponja e outros metais.

A Vale, que produzirá os briquetes a partir de uma aglomeração de minério de ferro de alta qualidade e baixa temperatura, está a construir uma unidade destinada as fabrico desses materiais em Vitória, no Espírito Santo.

Esta fábrica tem um investimento de 1,3 mil milhões de reais (cerca de 244 milhões de euros) e deverá começar a produzir no final do ano.

Os briquetes fazem parte do esforço da Vale para reduzir as emissões de carbono em 33% até 2030 e eliminá-las completamente até 2050, graças a um investimento entre 4.000 milhões de dólares e 6.000 milhões de dólares (entre 3.735 milhões de euros e 5.600 milhões de euros).

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