Falando na Universidade do Minho, em Braga, na abertura do colóquio “50 anos de mudança e inovação: As novas universidades no contexto da democratização portuguesa”, Fernando Alexandre vincou o objetivo de ter as academias portuguesas “entre as melhores da Europa”.

“Temos de ter instituições de ensino superior que ambicionam gerar as condições para que a ciência que é gerada nas nossas universidades possa, no horizonte de 15, 20 anos, ser candidata a Prémio Nobel”, referiu.

Para o governante, não é possível querer ter um país no pelotão da frente da Europa sem ter as universidades entre as melhores.

“Algumas das nossas universidades têm de ter esse objetivo [de estarem entre as melhores da Europa e terem um Prémio Nobel], porque têm massa crítica para isso. Se não, o país está a desistir do objetivo de estar entre as economias mais desenvolvidas do mundo”, acrescentou.

Para Fernando Alexandre, esse objetivo só será possível com se as instituições de ensino superior tiverem previsibilidade e estabilidade financeira e uma autonomia reforçada das instituições.

O ministro disse ainda que, 50 anos após o 25 de abril, continua a haver “desigualdades preocupantes e muito grandes” no acesso ao ensino superior, uma situação que, defendeu, urge corrigir.

Defendeu igualmente que é preciso inverter a tendência da fuga para o estrangeiro do “capital humano” formado nas universidades portuguesas.