O acordo, com o prazo de um ano, visa arrecadar capital, através da criação de um fundo de investimento conjunto, segundo o comunicado difundido pela U Power Limited, que tem sede em Xangai, a “capital” económica da China.

Ambas as partes concordaram em estabelecer um calendário regular de reuniões para avaliação de negócios e troca de informações e em criar uma equipa que vai ser totalmente responsável pelo desenvolvimento dos projetos, lê-se no comunicado.

Citado na mesma nota, o diretor executivo da ‘startup’ chinesa, Jia Li, disse acreditar que o acordo de cooperação com a Magnify Capital Partners vai permitir o desenvolvimento e expansão dos negócios em Portugal e outros países e regiões de língua portuguesa.

“A cooperação marca a nossa estreia neste mercado e espera-se que melhore a nossa competitividade industrial e a nossa influência”, afirmou.

“Esperamos ver mais progressos nos nossos esforços de desenvolvimento de negócios, tanto a nível doméstico como no exterior, ao mesmo tempo que geramos mais valor para os nossos acionistas”, acrescentou.

Fundada em 2013, a U Power Limited está cotada na Bolsa de Valores de Nova Iorque, no índice Nasdaq, que reúne algumas das maiores empresas de tecnologia do mundo.

A empresa fornece serviços para veículos elétricos, incluindo postos de carregamento, em várias cidades da China, e opera uma fábrica na cidade de Zibo, província de Shandong, no norte do país asiático.

No ano passado, foram vendidos na China quase seis milhões de carros elétricos, mais do que em todos os outros países do mundo juntos. A dimensão do mercado chinês e fortes apoios estatais propiciaram a ascensão de dezenas de marcas automóveis, fabricantes de baterias ou construtoras de infraestruturas para carregamento e manutenção de carros elétricos.

Na semana passada, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou uma investigação sobre os subsídios que a China concede aos seus fabricantes de veículos elétricos.

“Os mercados mundiais estão inundados de veículos elétricos chineses mais baratos e o seu preço é mantido artificialmente baixo graças a enormes subsídios estatais”, explicou, num discurso sobre o Estado da União.