O Looney Tunes e as estrelas da NBA

Ao contrário da dupla responsável pelo podcast Bola Ao Ar (podcast da MadreMedia sobre NBA), eu não sou, de todo, uma entendida em basquetebol. Mas se há coisa de que me lembro é de ser mais nova e de ver o Buggs Bunny e o Michael Jordan a driblar a bola através da minha televisão, mesmo sem saber ao certo que estava a olhar para um dos atletas mais icónicos de sempre.

Por isso, há umas semanas, quando estreou nos cinemas o “Space Jam: Uma Nova Era”, antes de ir espreitar o novo capítulo deste universo, fiz uma visita nostálgica ao filme de 1996 e hoje vou contar-te tudo aquilo que precisas de saber, quer tenhas visto o original ou não.

“Space Jam” tem quase 25 anos e foi o primeiro filme da produtora Warner Bros. com uma mistura de live action e animação, que junta ao longo de cerca de hora e meia alguns dos desenhos animados mais conhecidos dos 90’s kids, os Looney Tunes, e aquele que considerado por muitos como o melhor jogador de basquete de sempre, Michael Jordan.

A premissa do filme é relativamente simples. Michael Jordan (a personagem), que é interpretado pelo próprio jogador, acaba de anunciar que vai abandonar de vez os campos de basquete. Ao mesmo tempo, num outro planeta da galáxia, um grupo de pequenos aliens, os Nerdlucks, planeia raptar os conhecidos desenhos animados Looney Tunes. Quando os encontram finalmente dão de caras com personagens como o Bugs Bunny, o Daffy Duck, o Sylvester e o Tweety, e percebem que a tarefa de os levar até ao seu planeta não é assim tão fácil.

AQVGD - Space Jam AQVGD - Space Jam

Numa espécie de consenso, Nerdlucks e Looney Tunes combinam que tudo se vai resolver num jogo de basquetebol, um desporto no qual os desenhos animados eram particularmente bons. De forma a não ficar para trás, os aliens decidem visitar alguns dos jogadores e roubar-lhes “o talento do basquetebol”, deixando-os sem qualquer capacidade de apanhar uma bola ou acertar um cesto. Depois, vão utilizar esse poder para derrotar os adversários.

Mas então, onde é que entra aqui Michael Jordan?! Ora, como nestes filmes tem de acabar sempre tudo bem, vai ser a estrela da NBA que se vai juntar aos Looney Tunes para que consigam vencer o jogo decisivo.

  • Do campo para o ecrã: Para além de Michael Jordan, houve vários jogadores e treinadores de NBA que marcaram presença neste filme, entre os quais Charles Barkley, Patrick Ewing, Muggsy Bogues, Larry Johnson e Shawn Bradley, os cinco jogadores a quem foram roubadas as habilidades.

  • Um sucesso de bilheteiras: Ainda que o filme não tenha recebido as melhores críticas, a verdade é que foi um sucesso de bilheteiras. Segundo o Box Office Mojo, fez mais de 230 milhões de dólares em todo o mundo.

  • Onde ver: Se queres ver pela primeira vez ou rever numa viagem nostálgica, o filme de 1996 está disponível na HBO Portugal.

  • O segundo capítulo: E se depois quiseres passar ao filme mais recente “Space Jam: Uma Era” ainda está disponível nos cinemas e desta vez a estrela da NBA é LeBron James. Vê aqui o trailer.

Para ver com lenços ao lado 

Há certos clichés que fazem os bons filmes de animação. Personagens adoráveis, vilões que são difíceis de levar a sério, uma história emocionante, um princípio que nos deixa de lágrima no olho, um desfecho que sempre soubemos que ia acabar bem, mas que ainda assim nos surpreende e, claro, as músicas que nos embalam como se tivéssemos todos 5 anos outra vez.

Como não se deve mexer numa equipa que joga bem, o filme “Vivo” chegou há alguns dias à Netflix e deu-nos todos os clichés a que temos direito. E, sem surpresas, a fórmula resultou mais uma vez e a longa metragem de animação, desde então, que não saiu do top de 10 conteúdos mais vistos da plataforma de streaming.

No cliché número 1 temos a personagem adorável que dá título ao filme. O Vivo é um quincaju (uma espécie de híbrido entre urso, macaco e guaxini) que é acolhido por Andrés, um velhote cubado que foi, em tempos, uma estrela da música. Juntos atuam na rua, animando todos com o seu ritmo e as suas músicas. Mas é depois de Andrés falecer (eu não disse que havia lágrimas?) que Vivo se vê perdido e sozinho no mundo.

AQVGD - Vivo AQVGD - Vivo

Para honrar a memória do seu companheiro, o quincaju acaba por embarcar numa missão até Miami, onde o objetivo é encontrar Marta, uma artista sobre quem escreveu uma canção e que foi, em tempos, a parceira musical e de vida de Andrés. E quem é que vão ser aqui os vilões? Nada mais, nada menos do que três miúdas dos escuteiros. Mas não vou dar mais spoiler. O melhor é mesmo veres por ti próprio, acompanhado de um pacote de lenços.

  • Um detalhe engraçado: Ao contrário de muitos filmes de animação onde tudo é possível e nós nem questionamos, neste, apesar de todos falarem inglês, é assumido que os humanos não são capazes de entender o que os animais dizem. É um pequeno detalhe que, na verdade, faz toda a diferença.

  • O histórico de “Vivo”: É o primeiro filme musical da Sony Pictures Animation. Inicialmente, foi apresentado à DreamWorks Animation em 2010 (mas os planos da empresa trocaram as voltas à produção). Era para ter saído nos cinemas em 2020, mas, como a pandemia virou do avesso a indústria do cinema, só recentemente chegou à Netflix. Vê aqui o trailer.

Créditos Finais

  • Uma série à portuguesa: Estreou há uns dias na RTP uma série pela qual vale a pena dares uma vista de olhos. “Pôr Do Sol” começou por ser anunciada como uma mini-novela de Verão mas é, na verdade, uma sátira a este género de que o público tanto gosta em Portugal. É leve e ocasionalmente rouba umas gargalhadas aos espectadores, que é como quem diz “tem uma boa receita para as noites de agosto”. Espreita aqui.

  • Porque é que gostamos de filmes de terror?: Este foi o tema do último episódio do nosso podcast. Mas podes ouvir aqui sem medos. Prometemos que não há sangue, jumpscares, nem cabeças a rolar.

  • A sugestão musical da semana: Saiu na sexta-feira mas confesso que já ouvi em repeat a nova “Rumors” da Lizzo com a Cardi B.

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