Um relatório que analisou o rácio de desinformação e propaganda nas redes sociais em toda a União Europeia coloca a plataforma liderada por Elon Musk em maus lençóis, já que supera pela negativa as suas congéneres de grande escala. O Facebook aparece logo a seguir.

O relatório de 200 páginas dá conta do trabalho que tem vindo a ser desenvolvido pelas grandes plataformas nos primeiros seis meses deste ano para cumprir com a nova Lei dos Serviços Digitais e mostra como as grandes redes sociais têm vindo a combater a propaganda russa, o discurso de ódio e a desinformação.

Recorde-se que a Lei dos Serviços Digitais entrou em vigor a 16 de novembro de 2022 e será diretamente aplicável em toda a UE até 17 de fevereiro de 2024.

Esta visa criar "um espaço digital mais seguro para os utilizadores e empresas, protegendo os direitos fundamentais online. Entre as principais preocupações abordadas por esta lei estão o comércio e troca de bens ilegais, serviços e conteúdo online e sistemas algorítmicos que amplificam a disseminação da desinformação", pode ler-se aqui.

Além de "dar às pessoas um maior controlo sobre o que veem online", esta lei visa melhorar a "remoção de conteúdo ilegal, garantindo tal que seja feito o mais rapidamente possível. Também ajudará a combater o conteúdo prejudicial (que, como a desinformação política ou relacionada à saúde, não precisa de ser ilegal) e a introduzir melhores regras para proteger a liberdade de expressão".

A comissária Věra Jourová deixou uma mensagem direta à rede social X dizendo que "têm de cumprir. E nós vamos estar a observar o que vocês fazem".

Em conferência de imprensa em Bruxelas, a comissária referiu ainda que a operação de desinformação de Moscovo "é uma arma multimilionária de manipulação em massa dirigida tanto internamente aos russos, como aos europeus e ao resto do mundo".

Com eleições à porta na Eslováquia, Polónia e também na União Europeia em 2024, as grandes plataformas têm o dever de agir, defendeu.