“O USB-C tornou-se o padrão universalmente aceite”, reconheceu Kaiann Drance, vice-presidente do grupo californiano, durante o evento anual de marketing organizado três meses antes das férias de final de ano.

A porta universal não é um dos tipos de inovações tecnológicas que a Apple gosta de destacar, mas Bruxelas exigiu que os fabricantes de eletrónica equipassem todos os novos ‘smartphones’, ‘tablets’ e câmaras com uma porta USB-C até ao final de 2024.

“Agora, o mesmo cabo pode carregar o seu Mac (computador), iPad (‘tablet’), iPhone e até mesmo seus AirPods pro (auscultadores de ouvido sem fio) de segunda geração”, acrescentou Kaiann Drance.

“Se a bateria dos seus AirPods estiver muito fraca, ou do seu Apple Watch (relógio), pode carregá-los diretamente do seu iPhone”, acrescentou.

Os líderes da Apple revelaram esta terça-feira quatro novos iPhones com, como todos os anos, telas mais brilhantes, câmaras fotográficas mais sofisticadas e processadores mais avançados.

Nos preços divulgados pela empresa em dólares, o modelo básico, o iPhone 15, será comercializado a partir de 800 dólares (cerca de 745 euros), o mesmo preço do iPhone 14 apresentado há um ano.

O modelo profissional mais caro, o iPhone 15 Pro Max, custará pelo menos 1.200 dólares (cerca de 1.100 euros), ou 100 dólares (cerca de 93 euros) a mais do que seu equivalente anterior.

A integração mais ampla da porta USB-C representa uma pequena revolução para o ecossistema de produtos e serviços da Apple, que é difícil de integrar com outros sistemas, apesar de alguns computadores da marca já incluírem esta entrada.

A Apple tentou-se opor a esta medida da União Europeia (UE), argumentando que “sufocaria a inovação” e “prejudicar os consumidores”, mas Bruxelas defendeu que se trata de facilitar a vida do cliente e reduzir a quantidade de lixo eletrónico criado à medida que os carregadores se tornam obsoletos.

Espera-se que a medida poupe aos consumidores europeus 250 milhões de euros por ano.

Na apresentação intitulada ‘Wonderlust’, combinação de “quero viajar” e “maravilha”, os executivos da Apple apresentaram as novas características técnicas dos seus aparelhos, após um trimestre dececionante para as vendas do iPhone, com uma queda no seu volume de negócios homólogo (-1,4%), para 81,8 mil milhões de dólares (cerca de 76,2 mil milhões de euros).

A primeira metade da apresentação foi dedicada a novos relógios, incluindo o Apple Watch Series 9, o “primeiro produto neutro em carbono” do grupo, segundo Lisa Jackson, vice-presidente responsável pelo meio ambiente.