O feito alcançado em 1984 ficou registado numa icónica imagem que mostra o astronauta norte-americano, com um pesado fato espacial, sozinho na escuridão cósmica com o azul do planeta Terra como pano de fundo.

Durante a caminhada espacial, Bruce McCandless ficou a mais de 300 pés (mais de 90 metros) do vaivém espacial Challenger sem qualquer cabo de ligação.

“A foto icónica de Bruce a flutuar sem esforço no Espaço inspirou gerações de norte-americanos a acreditar que não havia limites para o potencial humano”, afirmou, em comunicado, o senador republicano John McCain, que foi colega de Bruce McCandless na Academia Naval dos Estados Unidos.

A NASA anunciou que Bruce McCandless morreu na quinta-feira na Califórnia, sem facultar, porém, a causa da morte.

A caminhada espacial sem qualquer ligação à nave não foi, porém, a única conquista do astronauta norte-americano, que antes foi comunicador na missão de controlo em Houston quando Neil Armstrong e Buzz Aldrin efetuaram o famoso passeio lunar em 1969.

Anos mais tarde, ao recordar a sua caminhada espacial, o astronauta norte-americano relatou que “havia um pouco de apreensão” na missão de controlo, onde estava a sua mulher.

“Eu queria dizer algo parecido com o que disse Neil [Armstrong] quando aterrou na lua e, por isso, disse: ‘Pode ter sido um pequeno passo para Neil, mas foi o raio de um grande passo para mim’. Isso aliviou um pouco a tensão”, afirmou.

Bruce McCandless fez também parte, em 1990, da tripulação do vaivém que colocou o Telescópio Hubble em órbita.

Nascido em Boston, McCandless formou-se na Academia Naval dos Estados Unidos em engenharia elétrica e administração.

Foi também um aviador naval que participou no bloqueio cubano na crise dos mísseis de 1962, selecionado para o programa de treinos de astronautas durante o programa Gemini e o piloto de reserva para a primeira missão tripulada Skylab em 1973. Depois de deixar a NASA, McCandless trabalhou para a Lockheed Martin no Colorado.