Oudaltsov, que foi condenado por queimar retratos de líderes russos durante um protesto contra o aumento da idade de reforma, “foi hospitalizado por razões médicas”, disse o ativista dos direitos humanos Ivan Melnikov, citado pela agência oficial da TASS.

“Um médico mediu a sua tensão na nossa presença, fez uma análise de sangue (…) e decidiu hospitalizá-lo de urgência”, disse Melnikov, membro de uma comissão pública de monitorização das prisões públicas, que conseguiu visitar o opositor hoje na prisão.

“Foi imediatamente levado numa ambulância”, acrescentou Melnikov.

Sergei Oudaltsov, que já havia estado preso de 2012 a 2016 após manifestações contra o Presidente russo, Vladimir Putin, foi detido nesta terça-feira, julgado e sentenciado a 30 dias de prisão.

O opositor, que descreveu o processo contra si como “arbitrário”, entrou imediatamente em greve de fome, recusando-se a comer e a beber.

Agora, os factos que motivaram a sua prisão remontam a 28 de julho, quando dezenas de milhares de russos se manifestaram em toda a Rússia a pedido do Partido Comunista contra um plano para aumentar a idade da reforma.

Sergei Oudaltsov foi libertado em agosto de 2017, após cumprir quatro anos e meio de prisão por ter alegadamente provocado “distúrbios em massa” nos protestos de 06 de maio de 2012, na véspera da posse de Vladimir Putin no seu terceiro mandato presidencial.

O partido do opositor, a Frente de Esquerda, tem encontrado dificuldades para ser ouvido pelos outros partidos da oposição nos últimos anos.