A página do Instagram Alpantuni publicava imagens com personagens homossexuais muçulmanos, cujo objetivo era criticar a homofobia e o fundamentalismo religioso, num país onde 88% dos 260 milhões de habitantes são muçulmanos.

As autoridades indonésias alegaram que a página exibia conteúdo pornográfico e violava a lei de Informações e Transações Electrónicas (ITE)em relação à distribuição de conteúdo que "viola a decência", segundo um comunicado do Ministério da Comunicação e Informação do país.

Na segunda-feira, o ministro da Comunicação, Rudiantara, ameaçou mesmo que iria encerrar a plataforma no país caso a empresa não suspendesse aquela página.

A lei ITE e a lei contra a pornografia têm sido utilizadas na Indonésia para criminalizar a homossexualidade e os LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgénero), de acordo com a organização Human Rights Watch.

O Ministério da Comunicação indonésio, nos últimos anos, bloqueou centenas de páginas online com conteúdo homossexual para proteger a moral dos cidadãos.

O país asiático tem visto um aumento na retórica homofóbica na política e na sociedade nos últimos anos.