Liberdade implica respeito. Pensamento crítico. Atitude. Conhecimento, logo, leitura aprofundada em detrimento de “gordas” nas redes sociais. Jornalismo isento. Políticos com noção de serviço público. Eleitores que elegem. Famílias que educam. Escolas que reforçam a educação familiar, que a suportam. Liberdade de expressão. Trabalho constante para superar preconceitos. Capacidade de escuta. Capacidade de argumentar. Tolerância. Humildade para se entender que o princípio “Ou estás comigo ou estás contra mim” é contraproducente. Querer criar pontes, em vez de excessos numa única direção.

A liberdade precisa de eco e de espelho. Precisa de História e de contexto. O exercício democrático constante, ao invés de enchermos a boca com a palavra “democracia”, sem dar espaço a outros para discordarem daquilo em que acreditamos. 

Liberdade não é apenas o contrário de prisão. Implica trabalho, autovigilância, compromisso. Como disse há dias o antigo presidente da República Ramalho Eanes, nos seus quase 90 anos: era importante que os portugueses pensassem no país que querem ter. Sobretudo aqueles que consideram que um líder forte nos isenta da democracia. Porque isso significa também que nos isenta de ser livres nas nossas escolhas.