Xi garantiu que a Iniciativa Faixa e Rota, o gigantesco projeto internacional de infraestruturas promovido por Pequim, é "altamente compatível com a reindustrialização e o programa de aceleração do crescimento do Brasil", e propôs usar essa "sinergia" para facilitar o desenvolvimento brasileiro e o processo de modernização da China, segundo a agência noticiosa oficial Xinhua.

O Brasil não aderiu à iniciativa chinesa, que se tornou no principal programa da política externa do país asiático. As autoridades brasileiras dizem ter um acordo de relações estratégicas com a China em vigor há 30 anos que já serve para todo o tipo de acordos bilaterais.

No âmbito daquela iniciativa, as empresas chinesas construíram portos, estradas, linhas ferroviárias ou centrais elétricas em todo o mundo, financiadas por bancos de desenvolvimento chineses. O programa tornou a China no maior credor internacional do mundo e tornou vários países em desenvolvimento mais dependentes da relação com Pequim.

O líder chinês transmitiu a Lira o apoio da China ao Brasil como organizador da cimeira do G20 no próximo ano e da Cimeira do Clima das Nações Unidas COP30, que se realiza em 2025.

As relações entre os dois países ganharam novo impulso com a visita ao país asiático do Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, em abril passado.

Lula defendeu na altura o aprofundamento dos laços com a China "além do interesse comercial" e aceitou o desafio de proteger o "verdadeiro multilateralismo" que a China apoia para apostar na ligação das economias e dos mercados brasileiros e chineses contra a dissociação defendida pelos Estados Unidos.

Os dois países assinaram 14 acordos para fortalecer os laços na área comercial, protocolos fitossanitários, tecnologia, desenvolvimento, transição energética e outras áreas.

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