Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average perdeu 0,20%, ao contrário do tecnológico Nasdaq, que progrediu 0,29%, e do alargado S&P500, que ganhou 0,12%.

O índice de preços no consumidor (IPC) relativo a agosto, divulgado pelo Departamento do Trabalho, mostrou uma subida de 3,7%, em termos anuais, mais do que os 3,2% de julho, mas também acima dos 3,6% esperados pelos economistas.

Esta variação é explicada principalmente pela subida das cotações do petróleo, com a componente do IPC relativa à energia a subir 10,5% em termos mensais.

Ao mesmo tempo, o índice subjacente, que exclui os produtos com preços mais voláteis, como os da alimentação e energia, baixou de 4,7% em julho para 4,3%.

O relatório "sai próximo das expectativas" e "não colocou em causa a ideia de que a Fed vai fazer uma pausa na próxima semana", disse Angelo Kourkafas, da Edward Jones. "Mas a porta está aberta para uma nova subida [da taxa de juro de referência] em novembro".

O mercado obrigacionista reteve em particular a desaceleração da inflação subjacente, o que levou a uma baixa dos rendimentos, com o do título a dois anos -- mais representativo das antecipações de política monetária -- a baixar para 4,97%, dos 5,02% de terça-feira.

Já quanto às ações, "um relatório mitigado deu um mercado mitigado", comentou Kourkafas. "Atravessamos um período de consolidação, depois de ganhos sustentados desde o início do ano. Não há propriamente um catalisador a esperar no curto prazo", antes da época dos resultados, que vai começar em meados de outubro e deve trazer alguma volatilidade, previu o analista.

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