"Tive uma boa conversa com Volodymyr Zelensky a anteceder as discussões cruciais do Conselho Europeu de dezembro. A Ucrânia está concentrada na implementação das sete etapas e reformas associadas ao apoio financeiro da União Europeia (UE)", escreveu Ursula von der Leyen na rede social X (antigo Twitter).

A presidente da Comissão insistiu que os 27 estão ao lado de Kiev no caminho que está a fazer rumo à adesão.

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, visitou a Ucrânia na última terça-feira, ocasião na qual disse à comitiva de jornalistas que o acompanhou, incluindo a Lusa, que irá "trabalhar arduamente" junto dos líderes da UE para um aval em dezembro às negociações formais com a Ucrânia para alargamento, sem prometer resultado positivo pelas "dificuldades políticas".

A visita de Michel surgiu a três semanas de os líderes da UE decidirem sobre o início das negociações formais para a adesão da Ucrânia à UE, depois de a Comissão Europeia ter recomendado, em meados deste mês, que o Conselho avance dados os esforços feitos por Kiev para cumprir requisitos, embora impondo condições como o combate à corrupção.

A decisão cabe agora ao Conselho da UE, na formação de Assuntos Gerais, e deverá ser tomada no dia 12 de dezembro, mas o aval final será dado pelos chefes de Governo e de Estado da União, que se reúnem em cimeira europeia poucos dias depois, a 14 e 15 de dezembro, em Bruxelas.

A Ucrânia obteve o estatuto de país candidato em meados de 2022.

No Conselho Europeu de dezembro será também discutida a revisão do orçamento da UE a longo prazo, que prevê uma reserva financeira para apoiar a reconstrução da Ucrânia de 50 mil milhões de euros.

O objetivo é que tal mecanismo para Kiev seja aprovado no âmbito da revisão intercalar do Quadro Financeiro Plurianual 2024-2027, mas numa altura em que a UE já avançou com 16,5 mil milhões de euros de assistência macrofinanceira à Ucrânia um plano B seria reforçar este último programa.

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