O objetivo da visita de Zhai Jun é "coordenar um cessar-fogo com as várias partes, proteger os civis, acalmar a situação e promover as conversações de paz", afirmou a CCTV.

O anúncio surge no momento em que Israel se prepara para lançar uma ofensiva no norte da Faixa de Gaza, depois de ter concedido aos residentes um prazo suplementar para saírem da zona no sábado, uma semana depois de o movimento islamita Hamas ter lançado um ataque sem precedentes no território israelita.

Os dados oficiais de vítimas mortais, na maioria civis, apontam para mais de 1.400 mortes em Israel e mais de 2.200 na Faixa de Gaza, de acordo com fontes oficiais israelitas e palestinianas.

Zhai disse que "a perspetiva de (o conflito) se alargar e transbordar é profundamente preocupante", de acordo com a CCTV, que publicou um vídeo de uma entrevista com o enviado.

No sábado, o chefe da diplomacia chinesa, Wang Yi, afirmou que Washington devia "desempenhar um papel construtivo" no conflito entre Israel e Gaza, durante uma conversa telefónica com o homólogo norte-americano, Antony Blinken.

Wang Yi pediu a realização de uma "reunião internacional de paz o mais rapidamente possível para promover um amplo consenso", acrescentando que "a solução fundamental para a questão palestiniana reside na implementação de uma 'solução de dois Estados'".

Na quarta-feira, Zhai Jun tinha apelado para um "cessar-fogo imediato" numa conversa telefónica com um responsável da Autoridade Palestiniana, indicou o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês.

Zhai Jun disse ao vice-ministro dos Negócios Estrangeiros da Autoridade Palestiniana, Amal Jadu, que a China estava "profundamente triste com a intensificação do atual conflito" e "muito preocupada com a grave deterioração da segurança e da situação humanitária na Palestina", de acordo com o site do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês.

"As principais prioridades são um cessar-fogo imediato e a proteção dos civis", acrescentou.

A 07 de outubro, o Hamas, no poder na Faixa de Gaza desde 2007, desencadeou um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação "Tempestade al-Aqsa", com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de rebeldes armados por terra, mar e ar.

Em resposta, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas naquele território palestiniano, numa operação que batizou como "Espadas de Ferro".

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou guerra ao Hamas, classificado como movimento terrorista por Israel, Estados Unidos, UE, entre outros.

EJ // EJ

Lusa/Fim