"A TACV não regressou aos voos domésticos", respondeu a empresa, após ser questionada pela Lusa sobre essa possibilidade noticiada por vários órgãos de comunicação social no país e após anunciar uma rota entre Praia e Sal nas suas páginas oficiais.

Nas respostas, a TACV, de nome comercial Cabo Verde Airlines (CVA), referiu que disponibilizou alguns lugares no percurso Praia-Sal para otimizar a operação no voo de sexta-feira, que sai de Lisboa, com destino à ilha do Sal.

"O mesmo se passa no domingo em que temos voos Lisboa/Praia, via Sal", continuou a empresa, enfatizando que as operações domésticas estão a cargo da Transportes Interilhas de Cabo Verde (TICV).

A companhia garantiu ainda que não tem definido no seu plano de negócio o regresso às operações domésticas em Cabo Verde, e que os aparelhos da companhia são destinados a voos internacionais.

Neste momento, a companhia faz apenas ligações internacionais com Lisboa e anunciou que a partir de 04 de novembro vai começar a voar para Bérgamo (Itália).

A empresa tem ainda nos planos a retoma dos voos para Bissau, bem como abrir ligações para Paris, EUA (Boston) e Brasil.

Em março de 2019, o Estado de Cabo Verde vendeu 51% da TACV, por 1,3 milhões de euros, à empresa islandesa Lofleidir Cabo Verde, juntamente com empresários daquele país.

Na sequência da paralisação da companhia durante a pandemia de covid-19, o Estado cabo-verdiano reassumiu em julho de 2021 aquela posição na TACV, alegando vários incumprimentos na gestão, dissolvendo de imediato os corpos sociais.

Já as ligações aéreas domésticas entre sete das ilhas do arquipélago são há vários anos operadas por uma única companhia, atualmente a angolana BestFly, que comprou a maioria do capital da TICV, antes detida pelos espanhóis da Binter.

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