O submarino, se for bem-sucedido nos testes, representa um grande avanço para Taiwan na indústria de construção e desenvolvimento naval.

"No passado, um submarino de fabrico nacional era considerado impossível, mas hoje um submarino projetado e construído pelos nossos compatriotas está perante vocês", disse Tsai, na cerimónia de apresentação.

"É uma realização concreta da nossa resolução em proteger" Taiwan, acrescentou.

O processo foi "tortuoso", disse o chefe da CSBC Corporation de Taiwan, Cheng Wen-lon, que liderou a construção do submarino.

Mas a sua conclusão representa um marco importante na estratégia de Taiwan de adotar uma guerra assimétrica.

"Embora tenhamos trabalhado silenciosamente nos últimos anos, isso não significa que o processo tenha decorrido com total tranquilidade", disse Cheng, na cerimónia realizada no estaleiro da CSBC.

Após anos de construção e design, o protótipo vai começar a ser testado no porto antes de ser testado no oceano.

O submarino é chamado de Hai Kun, o nome de um tipo de peixe lendário encontrado na literatura chinesa, chamado Kun. Hai significa "mar", em chinês.

Foram necessários sete anos de projeto e construção.

O submarino só vai ser entregue aos militares depois de passar nos testes portuários e de navegação oceânica.

Taiwan planeia construir outro submarino, se for bem-sucedido, e ambos serão implantados até 2027, de acordo com a agência de notícias do território CNA.

Taiwan iniciou a tarefa dispendiosa e prolongada de construir os seus próprios submarinos depois de Pequim ter impedido Taipé de comprar tais embarcações no estrangeiro, através do uso de ameaças económicas e diplomáticas.

Nos últimos anos, a China intensificou os seus exercícios militares dirigidos à ilha, enviando caças e navios da marinha para patrulhar e realizar exercícios nas águas e nos céus perto de Taiwan.

Estiveram presentes na cerimónia a representante dos Estados Unidos no território, Sandra Oudkirk, e as delegações comerciais japonesas e sul-coreanas baseadas em Taiwan.

China e Taiwan vivem como dois territórios autónomos desde 1949, altura em que o antigo governo nacionalista chinês se refugiou na ilha, após a derrota na guerra civil frente aos comunistas. Pequim considera Taiwan parte do seu território e ameaça a reunificação através da força, caso a ilha declare formalmente a independência.

JPI // VQ

Lusa/Fim