Ainda recordado do empate da primeira volta (1-1), na vila de Moreira de Cónegos, num dos "jogos mais difíceis do campeonato em termos coletivos, competitivo, muito intenso, repartido", frente a uma equipa então "motivada e num bom momento", o técnico perspetivou mais um embate difícil com os 'axadrezados' do Porto, no Estádio do Bessa, a partir das 18:00 de sábado.

"Vamos encontrar uma equipa muito competitiva nos duelos e na parte física. Ou conseguimos igualar isso ou o jogo vai-se tornar mais difícil para nós. Vamos querer ser Moreirense, bem organizados, perante uma equipa forte no ataque à profundidade, com um avançado, o Bozeník, muito bom nos 'timings', muito intenso e perspicaz a atacar zonas de finalização", disse, na antevisão ao encontro.

Apesar dos três jogos sem triunfos por parte do Boavista, 12.º classificado, com 25 pontos, o técnico da equipa vimaranense espera um adversário "com uma alma muito grande, à imagem do clube e dos seus adeptos", comprometido em garantir a permanência e "muito compacto".

"Vai ser um adversário muito difícil de desbloquear. O resultado vai depender do que somos capazes de fazer com e sem bola. Não olho muito para os jogos passados, para a inconstância de resultados [do Boavista]. Cada jogo tem a sua história, cada equipa tem as suas características. Vem de um empate fora, perante uma boa equipa [Famalicão]", sublinhou.

Ainda na dúvida quanto ao esquema defensivo do Boavista, que, na visita a Vila Nova de Famalicão, foi formado por três elementos, mas costuma ser de quatro, Rui Borges avisou também que o 'onze' boavisteiro tem individualidades que podem fazer a diferença, apesar da escassez de soluções no plantel como um todo.

Sexto classificado, o Moreirense soma 10 pontos na segunda volta, os mesmos que tinha após sete jornadas na primeira metade do campeonato, apesar de ter apenas marcado três golos desde a 18.ª jornada, algo que não preocupa o técnico dos minhotos, já que todos eles valeram triunfos a uma equipa que vai criando oportunidades de golo.

"Tirando o Camacho [29 anos], mais experiente, a malta da frente é tudo miúdos ou jovens, com pouca experiência de I Liga. Há toda uma adaptação, e a dificuldade é muito maior. Ficava mais preocupado se não conseguíssemos criar situações de finalização. Por isto ou por aquilo, não estamos a ser capazes de finalizar. São aspetos técnicos que fazem parte do crescimento", realçou.

O treinador de 42 anos mostrou-se, por outro lado, agradado por o Moreirense contabilizar 12 jogos sem golos sofridos no campeonato, o número mais elevado a par do Benfica, e enalteceu a capacidade dos seus jogadores para "colocarem em prática" tudo o que treinam.

"O mérito defensivo começa nos dois homens na frente a pressionar. Há muito mérito da equipa em não sofrer golos", frisou.

O Moreirense, sexto classificado da I Liga portuguesa, com 39 pontos, visita o Boavista, 12.º, com 25, em partida agendada para as 18:00 de sábado, no Estádio do Bessa, no Porto, com arbitragem de Bruno Vieira, da Associação de Futebol de Beja.

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