"O ladrão, o corrupto, não é para governar município. O seu lugar é na cadeia", afirmou o líder da Renamo, maior partido da oposição, ao fechar 13 dias de campanha para as eleições autárquicas de 11 de outubro na Matola, arredores de Maputo, a cidade mais populosa do país, visando a Frelimo.

Nas eleições autárquicas de 2018, a Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, que lidera o país) venceu em 44 das 53 autarquias e a oposição em apenas nove, casos da Renamo em oito e do Movimento Democrático de Moçambique (MDM) em uma.

Trata-se da primeira eleição em que a Renamo concorre já totalmente desmilitarizada, após a conclusão do processo de Desmilitarização, Desarmamento e Reintegração (DDR) do braço armado do principal partido de oposição.

O DDR, iniciado em 2018 e que abrange 5.221 antigos guerrilheiros da Renamo, dos quais 257 mulheres, terminou em junho último, com o encerramento da base de Vunduzi, a última da Renamo, localizada no distrito de Gorongosa, província central de Sofala.

Os eleitores moçambicanos vão escolher na quarta-feira 65 novos autarcas em 11 de outubro, incluindo em 12 novas autarquias, que se juntam a 53 já existentes.

Mais de 11.500 candidatos de 11 partidos políticos, três coligações de partidos e oito grupos de cidadãos terminaram hoje a campanha para as sextas autárquicas moçambicanas, por entre apelos a um processo pacífico.

Segundo dados anteriores da CNE, mais de 8,7 milhões de eleitores moçambicanos estão inscritos para votar em todo o país nesta eleição autárquica.

PVJ // MDR

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