Esta segunda troca de reféns ao abrigo de um acordo de cessar-fogo envolveu a libertação de 13 israelitas, mais quatro estrangeiros, e 39 prisioneiros palestinianos.

De acordo com o exército israelita, os reféns libertados, incluindo quatro tailandeses, foram transferidos para Israel, estavam a ser levados para hospitais para observação, e para se reunirem com as suas famílias.

Os reféns israelitas libertados hoje pelo Hamas incluíam sete crianças e seis mulheres, indicou o gabinete do primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu.

A maioria dos reféns libertados era do Kibbutz Be'eri, uma comunidade que os militantes do Hamas devastaram durante o ataque transfronteiriço de 07 de outubro, disse um porta-voz do kibbutz, indicando que as crianças tinham idades compreendidas entre os três e os 16 anos, e as mulheres entre os 18 e os 67 anos.

Esta segunda troca de prisioneiros sofreu um atraso de última hora devido ao impasse gerado depois de críticas do Hamas, alegando que as entregas de ajuda permitidas por Israel estavam aquém do prometido, e que não chegavam em quantidade suficiente ao norte de Gaza, o foco da ofensiva terrestre de Israel e a principal zona de combate.

O Hamas também afirmou que não foram libertados prisioneiros veteranos em número suficiente na primeira troca efetuada na sexta-feira, mas o Egito, o Qatar e o próprio Hamas acabaram por afirmar mais tarde que os obstáculos tinham sido ultrapassados.

No primeiro dia do cessar-fogo, o Hamas libertou 24 dos cerca de 240 reféns feitos durante o ataque de 07 de outubro contra Israel, que desencadeou a guerra, e Israel libertou 39 palestinianos da prisão. Os libertados em Gaza foram 13 israelitas, 10 tailandeses e um filipino.

No total, o Hamas deverá libertar pelo menos 50 reféns israelitas e Israel 150 prisioneiros palestinianos durante os quatro dias de trégua, todos mulheres e menores.

Israel já afirmou que a trégua pode ser prolongada por mais um dia por cada 10 reféns libertados.

A 07 de outubro, combatentes do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) - desde 2007 no poder na Faixa de Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel - realizaram em território israelita um ataque de dimensões sem precedentes desde a criação do Estado de Israel, em 1948, fazendo 1.200 mortos, na maioria civis, cerca de 5.000 feridos e mais de 200 reféns.

Em retaliação, Israel declarou uma guerra para "erradicar" o Hamas, que começou por cortes ao abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível na Faixa de Gaza e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre que cercou a cidade de Gaza.

A guerra entre Israel e o Hamas fez até agora na Faixa de Gaza mais de 14.000 mortos, na maioria civis, e mais de 30.000 feridos, de acordo com o mais recente balanço das autoridades locais.

Segundo as Nações Unidas, a guerra já provocou 1,7 milhões de deslocados em Gaza.

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