Segundo as projeções avançadas após o encerramento das urnas, às 18:00 locais (17:00 de Lisboa), os partidos do governo de coligação atualmente no poder em Berlim sofrem uma pesada derrota, sobretudo os socialistas do SPD, do chanceler alemão Olaf Scholz, mas também os Verdes e o Partido Democrático Liberal (FDP).

De acordo com projeções avançadas pela estação televisiva ZDF, na Baviera, onde governam desde 1957, os conservadores da União Social-Cristã (CSU) vencem com 36,5%, o que representará o seu pior resultado em mais de 70 anos (-0,7 pontos percentuais do que nas anteriores eleições de 2018), e o AfD pode alcançar os 16%, uma subida de 5,8 pontos face a 2018.

Ainda na Baviera, cuja capital é Munique, os Verdes podem recuar para os 15,5% (-2,1 face a 2018), o partido populista Eleitores Livres (FW, na sigla em alemão, para 'Freie Wähler'), com quem a CSU governou em coligação nos últimos cinco anos, sobe para os 14% (+2,4) e o SPD fica pelos 8,5%, enquanto o FDP fica fora do parlamento regional, ao quedar-se pelos 3% (o limiar para eleger deputados é 5%), de acordo com as projeções da ZDF.

Sempre de acordo com as projeções da ZDF, no Hesse, onde governa há 24 anos, coligada com os Verdes, a União Democrata-Cristã (CDU) alcança os 34,5% (mais 7,5% do que em 2018), o AfD sobe 3,9 pontos e chega aos 17%, tornando-se a segunda força no estado que alberga o centro financeiro do país, Frankfurt, à frente dos Verdes, com 15,5% (-4,3 pontos do que em 2018) e do SPD, com 15 (-4,8%), enquanto o FDP deve ficar no limite para entrar no parlamento (5%).

Em ambos os estados, que, no seu conjunto, representam mais de um quarto da produção económica alemã e praticamente um quarto da população, os conservadores da CDU-CSU voltarão a ter de governar em coligação, sendo previsível que optem pelos parceiros dos últimos cinco anos (FW na Baviera, Verdes no Hesse).

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