Segundo o documento, do Ministério da Economia e Finanças e ao qual a Lusa teve hoje acesso, este desempenho ficou acima das 474.576 toneladas previstas no plano do setor das pescas e compara ainda com a produção real de 455.544 toneladas de 2022.

A pesca artesanal liderou de forma destacada, com 466.491 toneladas em 2023, um aumento de 7,8%, seguida da pesca comercial (industrial e semi-industrial), com 20.230 toneladas e um aumento de 16,4%, enquanto a produção de aquacultura cresceu 73,1%, para 9.553 toneladas.

Na pesca comercial, o camarão liderou entre a produção do ano passado, com 3.041 toneladas, um aumento de 18,7% tendo em conta as capturas de 2022.

Já a atividade de aquicultura em Moçambique é desenvolvida a nível industrial e em pequena escala, produzindo, além de vários tipos de peixe, camarão, caranguejo e lagosta, sobretudo nas províncias de Tete, Gaza e Maputo.

Apesar deste desempenho, a produção foi afetada em 2023, lembra o documento, por "chuvas excessivas que causaram inundações" em Maputo, bem como pela passagem do ciclone Freddy por duas vezes, a primeira na zona sul, particularmente na província de Inhambane e, posteriormente, na zona centro e norte do país, com maior incidência para a província da Zambézia.

Estes fenómenos naturais levaram à destruição de 708 embarcações da pesca artesanal, 3.446 artes de pesca, 422 tanques aquícolas, 137 gaiolas aquícolas e 210.050 alevinos.

PVJ // EJ

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