"Foi possível deter, na semana finda, quatro homens de nacionalidade moçambicana, com idades compreendidas entre 26 e 50 anos, que são suspeitos de terem participado no rapto" de um empresário, disse Hilário Lole, porta-voz do Sernic na cidade de Maputo.

O rapto terá ocorrido no dia 27 de setembro, no estabelecimento comercial do empresário de origem asiática, na cidade de Maputo.

Os raptores fizeram-se passar por clientes, de seguida ameaçaram a vítima com uma arma e arrastaram-no para uma viatura, segundo imagens captadas pelo sistema de videovigilância do local e que circulam nas redes sociais.

Segundo o serviço de investigação criminal moçambicano, dois dos detidos são funcionários do estabelecimento comercial da vítima, que "não participaram de forma material na execução do rapto", mas contribuíram para a sua ocorrência.

O Sernic avançou ainda que decorrem investigações para a identificação do local onde a vítima está mantida em cativeiro, além da neutralização de outros envolvidos no rapto.

Algumas cidades moçambicanas, principalmente as capitais provinciais, voltaram a ser afetadas desde 2020 por uma onda de raptos, visando principalmente empresários ou seus familiares.

O primeiro-ministro de Moçambique, Adriano Maleiane, disse no parlamento, em maio, que já foram selecionados os agentes que vão trabalhar na unidade que vai combater os raptos que afetam as principais cidades do país.

"A primeira fase, já finalizada", da criação da unidade de combate aos raptos, "consistiu na seleção dos agentes" e a etapa seguinte será a especialização do efetivo e contará com o apoio dos parceiros de cooperação, prosseguiu.

Na altura, Maleiane referiu que desde 2021 foram registados em Moçambique 28 casos de rapto, dos quais "15 foram totalmente esclarecidos".

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