Um dos detidos é um condenado à pena máxima de 25 anos que foi colocado em liberdade recentemente pelo tribunal, após ter conseguido um relatório médico que determinou a sua invalidez por incapacidade motora dos membros inferiores.

Paulo Jorge Fonseca, conhecido por Pajó, 26 anos, foi presente hoje ao juiz de instrução criminal que decretou a prisão preventiva para o homem que é indiciado pelos crimes de roubo, furto, violação, e sequestro de uma cidadã portuguesa.

No âmbito da detenção, a PJ apreendeu vários objetos, incluindo dinheiro e uma arma de fogo, mas ainda procura por outra arma que estará na posse de outro suspeito.

"A nossa maior preocupação neste momento é localizar o paradeiro da arma e apreender, para evitar que seja usada para cometer outros crimes, porque a Polícia Judiciária neste momento tem tolerância zero a qualquer tipo de criminalidade", referiu a inspetora da PJ, D'jamila Bragança.

Segundo a inspetora, no âmbito da operação "Lua Cheia" também foram detidas duas pessoas "que operavam na falsificação de notas [de 200 dobras, cerca de 4 euros]", tendo sido também apreendida "a máquina fotocopiadora que era usada para fazer a falsificação dessas notas".

A PJ não divulgou o valor apreendido, mas assegurou que há diligências em curso para retirar o valor de circulação.

O diretor da PJ disse que esta polícia tem mandados do Ministério Público para a detenção de vários suspeitos, o que deverá acontecer ainda esta semana, para "pôr cobro a essa onda de criminalidade que assola o país".

Wilsene de Barros admitiu que "a Polícia Judiciária não tem muitos meios" e que, "de uma forma geral, falta melhorar tudo" na instituição, mas não será por isso que "deixará de fazer o seu trabalho", contando com o apoio do executivo e da população.

"Há uma carência de meios e o Governo tem feito de tudo para suprir essa carência de meios", declarou.

Num comunicado do Conselho de Ministros de 08 de setembro, o Governo são-tomense decretou "que as autoridades policiais reforcem as medidas preventivas dando tolerância zero à criminalidade", que admitiu estar a aumentar no país com o aparecimento, com mais frequência, de crimes que não são comuns à sociedade são-tomense, "que sempre foi conhecida como pacífica".

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