O piloto luso, que já tinha sido também o 21.º nos treinos livres, viu a sua tentativa de efetuar uma volta rápida afetada pela amostragem de bandeiras amarelas, terminando o dia a 1,278 segundos do mais rápido, o espanhol Jorge Martin (Ducati).

O pódio foi todo preenchido por pilotos espanhóis, pois Maverick Viñales (Aprilia) foi o segundo, a 0,098 segundos do compatriota, com Aleix Espargaró (Aprilia) em terceiro, a 0,160.

Apesar do resultado na tabela de tempos, Miguel Oliveira conseguiu melhorar a afinação da sua mota, acabando por tirar cerca de um segundo ao tempo efetuado nos treinos livres.

"De facto, o ritmo é melhor do que a posição em que terminei hoje. Tive um problema técnico de manhã com os travões da frente quando montei os pneus novos", começou por explicar o piloto natural de Almada.

Esse problema com os travões impediu Miguel Oliveira de fazer a adaptação ideal aos pneus novos antes da sessão de treinos cronometrados, que se disputou durante a tarde na Tailândia.

"À tarde ainda me senti bem com a mota, o ritmo também não era mau. Mas quando fui tentar as voltas rápidas apanhei duas bandeiras amarelas e já não pude melhorar o meu tempo", explicou o piloto da RNF Aprilia.

Miguel Oliveira confessou-se, por isso, "desapontado", pois "não é o lugar" onde quer terminar "e mostrar o potencial".

"No entanto, é esta a realidade e temos de a encarar e ir para a sessão de qualificação motivados e com as baterias recarregadas para dar a volta à situação", concluiu Miguel Oliveira.

Com os resultados de hoje, o piloto luso terá de passar pela primeira fase da qualificação, no sábado, enquanto os 10 mais rápidos da sessão de treinos cronometrados de hoje já garantiram uma das 12 vagas na segunda fase (Q2).

O dia ficou ainda marcado pela queda sofrida por Jorge Martin no final da sessão que, contudo, não o impediu de ser o mais rápido.

Já o italiano Francesco Bagnaia (Ducati), líder do campeonato com 27 pontos de vantagem sobre o espanhol, foi apenas o sétimo mais rápido nos treinos cronometrados.

Já Marc Márquez (Honda) ainda apanhou um susto ao ser atingido por uma peça de carbono que se soltou da mota de Jorge Martin.

O impacto aconteceu no antebraço direito, o mesmo que já foi operado por quatro vezes, mas o antigo campeão garante que não ficaram sequelas para além da dor do impacto.

Ainda assim, ficou fora da passagem direta à Q2, ao terminar em 11.º.

Sábado disputa-se mais uma sessão de treinos livres, as duas de qualificação e a corrida sprint.

AGYR // AJO

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