A reunião deste órgão máximo entre convenções acontece em plena crise política, após o primeiro-ministro, António Costa, alvo de um inquérito no Ministério Público (MP) junto do Supremo Tribunal de Justiça, se ter demitido e o Presidente da República ter convocado eleições legislativas antecipadas para 10 de março do próximo ano.

Como é habitual, no final da reunião da Mesa Nacional do BE, que decorre à porta fechada durante todo o dia de hoje, a líder bloquista, Mariana Mortágua, dará uma conferência de imprensa para apresentar as principais conclusões.

Na semana passada, depois de Marcelo Rebelo de Sousa ter anunciado a intenção de dissolver o parlamento, Mariana Mortágua deu conta aos jornalistas desta reunião da Mesa Nacional de hoje.

"Marcamos uma reunião da Mesa Nacional para o próximo dia 19 de novembro. Vai discutir a situação política, vai definir um calendário do BE para as próximas eleições", adiantou.

Os primeiros nomes do BE para estas eleições serão aprovados em dezembro, de acordo com a coordenadora do BE, que apontou para janeiro a apresentação do programa eleitoral ao país "com alternativas para aquilo que conta e para aquilo que interessa à vida das pessoas".

Nessa conferência de imprensa, Mortágua escusou-se a responder a perguntas sobre a possibilidade de uma nova geringonça ou sobre os candidatos à liderança do PS, justificando que "preocupação do Bloco de Esquerda é encontrar soluções para o país" nas áreas onde se vivem diferentes problemas como a saúde, a educação, a habitação ou os salários.

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