Os lucros foram muito impulsionados pela margem financeira (a diferença entre juros cobrados no crédito e juros pagos nos depósitos), que duplicou para 2.866 milhões de euros.

O presidente executivo da CGD, Paulo Macedo, disse hoje, na apresentação de resultados, que referentes a estes lucros serão pagos ao Estado 525 milhões de euros em dividendos, acima do valor de 461 milhões de euros que estava orçamentado pelo Governo.

Segundo a CGD, com o pagamento deste dividendo devolve ao Estado 2.200 milhões de euros, cerca de 90% do aumento de capital em dinheiro feito pelo Estado no banco em 2017 (2.500 milhões de euros).

A CGD diz ainda que os resultados de 2023 permitem, em termos acumulados, "ultrapassar os prejuízos anteriores". Entre 2011 a 2016, o banco público teve prejuízos de 3.838 milhões de euros. Já desde 2017 a 2023 são acumulados lucros de 4.533 milhões de euros.

Ainda em 2023, a CGD pagou 529 milhões de euros de impostos sobre lucros (162 milhões de euros em 2022). Pagou ainda 156 milhões de euros para o Fundo de Garantia de Depósitos, 18 milhões de euros para o Fundo Único de Resolução europeu, sete milhões de euros para o Fundo de Resolução Nacional e 39 milhões de euros de Contribuição Sobre o Setor Bancário.

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