O nome "Radiografia" foi escolhido por ser "território fecundo para todas as analogias" e sugestão de intimidade, ou convite para desvendar o invisível.

Apresentado pela Arte no Tempo e pelo Teatro Aveirense, cruza música de Luís Antunes Pena e Amanda Cole com textos de Andreia C. Faria, Ramiro Osório, Marcelo Félix e João Reis.

Hoje houve o ensaio final, "para afinar pormenores", a que assistiram alunos da Escola Secundária José Estêvão, a quem João Reis explicou os elementos que se vão juntando à história, a partir de textos poéticos.

"A nossa função aqui é estabelecer a ligação entre a música e estes elementos que nos fazem pensar na intimidade, numa espécie de puzzle que apela à imaginação do espectador", disse.

O ponto de partida para a imaginação do espectador é a radiografia, que, refere a sinopse, representa "uma ideia de transparência, de revelação, de exposição intensiva ao interior de alguém ou de alguma coisa".

A continuidade na diversidade poética de suporte é dada pela música contemporânea, com percussão de Nuno Aroso, em que o tambor assume lugar central.

Dotado de sensores, como explicou Nuno Aroso, o tambor permite projetar o movimento das mãos na tela que, associado ao som pode sugerir ora a conflitualidade interior ora o esvoaçar para a liberdade.

Com o apoio da Direção-Geral das Artes e em coprodução com o Teatro Aveirense, o Teatro Académico Gil Vicente e o Cine Teatro Avenida, a Arte no Tempo vai levar o espetáculo, após a estreia em Aveiro, a Coimbra no dia 22, a Castelo Branco, no dia 24, e a Tomar dia 30.

O espetáculo "Radiografia" surge na sequência de "A Fog Machine e outros poemas para o teu regresso", que a mesma equipa levou aos palcos no final de 2021.

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