"Foi decidido continuar com a coordenação e com a vigilância da evolução diária dos acontecimentos de forma permanente", explicou o Hezbollah num comunicado, após terminar a reunião do seu líder com o secretário-geral da Jihad Islâmica, Ziad Nakhala, e o alto dirigente do Hamas Saleh Al-Arouri.

Segundo a nota, durante o encontro, os três discutiram também "o que os partidos do eixo da resistência devem fazer nesta fase delicada para alcançar uma verdadeira vitória da resistência em Gaza e na Palestina, bem como travar a agressão traiçoeira e brutal contra o povo oprimido".

Entre os assuntos discutidos estiveram também as posições internacionais, os últimos desenvolvimentos na guerra de Gaza e os ataques cruzados que o Hezbollah mantém a Israel a partir do sul do Líbano.

Desde o dia 08 de outubro, o grupo xiita libanês e o Estado judeu têm estado envolvidos num intenso fogo cruzado através da fronteira entre ambos os países, onde também ocorreram ações reivindicadas por fações palestinianas presentes em território libanês.

Estas incluíram lançamentos de foguetes e tentativas de infiltração por parte dos braços armados da Jihad Islâmica e do Hamas, que presumivelmente teriam agido com a aprovação do Hezbollah, que controla a faixa sul do Líbano, na fronteira com Israel.

A escalada nas zonas de fronteira levantou receios que o Líbano torne-se uma segunda frente na guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, enquanto o Governo libanês mantém contactos nacionais e internacionais para tentar conter a situação.

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