"Nós concorremos nos 65 municípios com os olhos postos na vitória (...) Concorremos nos 65 municípios com os olhos postos no desenvolvimento e na transformação", afirmou Roque Silva, num comício que encerrou hoje, em Maputo, a campanha para as sextas eleições autárquicas moçambicanas de 11 de outubro.

"É que temos uma agenda de grandes transformações. O que nós queremos não é ganhar eleições para continuarmos a fazer as coisas da mesmíssima maneira, porque a Frelimo é um partido que se sente sempre desafiado a trazer mudanças e a trazer transformações. É por isso que dizemos que a Frelimo é a força da mudança", afirmou.

Numa campanha eleitoral em que os partidos da oposição acusaram os militantes da Frelimo de atos hostis e de tentativas de fraude eleitoral, Roque Silva enalteceu a "forma cívica" como a mesma decorreu.

"Assistimos em todo o país membros e simpatizantes da Frelimo a fazerem campanha de forma muito educada, abstendo-se de qualquer tipo de prática de violência ou de hostilização dos outros. Isto é uma demonstração clara de que, como partido, estamos a crescer não apenas sob o ponto de vista quantitativo, mas sobretudo sob o ponto de vista qualitativo e da nossa consciência democrática", afirmou o secretário-geral da Frelimo, que nos 13 dias percorreu Moçambique em campanha.

"Nós temos consciência que em algum momento, aqueles que são nossos concorrentes tentaram criar uma provocação aqui, uma provocação ali, mas de forma serena nós soubemos contornar isso", disse ainda Roque Silva.

O homem forte da Frelimo nesta campanha -- o partido é liderado por Filipe Nyusi, Presidente da República -- afirmou que a "grande agenda" é recuperar os municípios atualmente liderados pela oposição e liderar todos os novos municípios criados em 2022 e que vão pela primeira vez a votos nestas eleições.

Os eleitores moçambicanos vão escolher 65 novos autarcas em 11 de outubro, incluindo em 12 novas autarquias, que se juntam a 53 já existentes.

Nas eleições autárquicas de 2018, a Frelimo venceu em 44 das 53 autarquias e a oposição em apenas nove - a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) em oito e o Movimento Democrático de Moçambique (MDM) em uma.

Mais de 11.500 candidatos de 11 partidos políticos, três coligações de partidos e oito grupos de cidadãos terminaram hoje a campanha para as sextas autárquicas moçambicanas, por entre apelos a um processo pacífico.

Segundo dados anteriores da CNE, mais de 8,7 milhões de eleitores moçambicanos estão inscritos para votar em todo o país nesta eleição autárquica.

PVJ // MDR

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