O acordo -- assinado em Washington e que formaliza laços mais estreitos entre Washington e Helsínquia - foi saudado pelo ministro da Defesa finlandês, Antti Hakkanen, como "um forte sinal do compromisso dos Estados Unidos na defesa da Finlândia e de toda a Europa do Norte".

"Não esperamos que os Estados Unidos cuidem da defesa da Finlândia", acrescentou Hakkanen, recordando que "este acordo melhora significativamente a capacidade de agir em conjunto em todas as situações".

A Finlândia - que repeliu a invasão soviética no inverno de 1939-1940 - evitou aderir à NATO durante décadas, procurando não antagonizar o seu vizinho.

Contudo, as relações entre os dois países deterioraram-se consideravelmente desde fevereiro de 2022, com a invasão russa da Ucrânia, levando a Finlândia a aderir à NATO em abril deste ano.

No domingo, Vladimir Putin acusou o Ocidente de ter "arrastado a Finlândia para a NATO" e afirmou que esta adesão criaria problemas onde eles não existiam até agora.

O Presidente russo também anunciou a criação de um distrito militar russo perto da Finlândia, com os dois países a partilhar uma fronteira de 1.340 quilómetros de extensão.

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, que esteve presente na assinatura do acordo, disse que a Finlândia "sabe quase melhor do que ninguém o que está em jogo para a Ucrânia".

"Em 1939, os finlandeses também enfrentaram uma invasão russa e provaram que uma nação livre pode oferecer uma resistência incrivelmente poderosa", explicou Blinken.

Blinken e a ministra dos Negócios Estrangeiros finlandesa, Elina Valtonen, renovaram o seu apoio à entrada na NATO da Suécia, que lançou a sua candidatura ao lado da Finlândia, mas cujo processo de adesão tem sido adiado por reservas por parte da Turquia.

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