O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, afirmou em comunicado que o seu Governo decidiu restringir os vistos às pessoas "envolvidas em minar a paz, a segurança ou a estabilidade da Cisjordânia", bem como aos seus familiares.

O chefe da diplomacia dos EUA alegou atos de violência dos colonos e tentativas de restringir o acesso dos palestinianos da Cisjordânia a serviços básicos essenciais.

"Sublinhámos ao Governo israelita a necessidade de responsabilizar os colonos radicais que cometeram ataques violentos contra os palestinianos na Cisjordânia", disse Blinken.

O Departamento de Estado norte-americano não revelou o número ou as identidades dos colonos que foram proibidos de entrar nos Estados Unidos.

A Cisjordânia ocupada vive a mais tensa espiral de violência desde a Segunda Intifada (2000-05) - apenas este ano, 467 palestinianos já morreram.

A situação agravou-se na sequência da guerra de Israel contra o grupo islamita Hamas em Gaza, que eclodiu em 07 de outubro.

Em 25 de outubro, o Presidente dos EUA, Joe Biden, admitiu estar "alarmado" com os ataques dos colonos contra os palestinianos e exigiu que cessassem imediatamente os seus ataques.

"Eles estão a atacar os palestinianos em lugares onde eles têm o direito de estar. Eles têm de parar", disse Biden.

Na declaração de hoje, Binken acrescentou que os responsáveis por "todos os atos de violência contra civis na Cisjordânia sejam responsabilizados, independentemente do autor ou da vítima".

O chefe da diplomacia norte-americana também mencionou a situação em Gaza e sublinhou que os Estados Unidos deixaram claro a Israel que deve tomar medidas para proteger a população civil do enclave palestiniano.

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