"As empresas europeias estão preocupadas com a direção que a China está a tomar", disse Dombrovskis, frisando que "muitas delas estão a questionar a sua posição nesse país".

De visita à capital chinesa para o Diálogo Económico e Comercial China-UE, o responsável referiu que "o Governo chinês criou um ambiente empresarial mais politizado, alargando o leque de instrumentos para proteger a segurança nacional e o desenvolvimento".

E "isto resultou em menos transparência, acesso desigual a concursos públicos, discriminação em termos de normas e requisitos de segurança, bem como requisitos em matéria de localização e transferência de dados", disse a estudantes da prestigiada Universidade Tsinghua, em Pequim.

Na ocasião, Dombrovskis citou leis de segurança nacional recentemente aprovadas na China: "A nova lei das relações externas e a nova versão da lei de contraespionagem são motivo de grande preocupação para a nossa comunidade empresarial", afirmou, justificando que "a sua ambiguidade deixa demasiado espaço para interpretação".

O recente relatório anual da Câmara de Comércio da União Europeia na China afirmou que as empresas europeias no país estão a enfrentar um clima de negócios "cada vez mais ambíguo" e que a "imprecisão" dos regulamentos expõe as empresas a mais "riscos".

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