Em setembro, nas previsões de verão, Bruxelas tinha apontado para uma contração do Produto Interno Bruto (PIB) alemão de 0,4% em 2023 e uma aceleração de 1,1% no ano seguinte.

No exercício macroeconómico de outono, hoje divulgado, Bruxelas indica que o declínio da atividade económica alemã se deve ao impacto da elevada inflação e a mais restritas condições de financiamento, que afetam o poder de compra, o consumo e o investimento.

No entanto, o executivo comunitário prevê que no futuro, a procura interna deverá registar uma retoma, impulsionada por um aumento dos salários reais, o que juntamente com a recuperação da procura externa, deverá "sustentar um aumento do crescimento do PIB para 0,8% em 2024 e 1,2% em 2025".

A inflação na Alemanha é estimada em 6,2% este ano, tendo recuado ao longo deste ano depois do pico de 11,6% em outubro de 2022, fixando-se nos 3,1% em 2024 e nos 2,2% em 2025.

A taxa de desemprego, por seu lado, é estimada em 3,1% em 2023 e em 3,2% nos dois anos seguintes, encanto o crescimento do emprego se deve fixar nos 0,7% em 2023, 0,3% em 2024 e 0,1% em 2023.

O défice público alemão estima-se em 2,2% do PIB, recuando em 2024 para 1,6% e para 1,3% no ano seguinte e a dívida pública deverá atingir os 64,8% do PIB este ano, baixando em 2024 para os 63,6% e para os 62,7% em 2025.

A Comissão Europeia divulgou hoje as previsões macroeconómicas de outono, revendo em baixa o crescimento do PIB da zona euro e da UE para 0,6% este ano e, respetivamente, 1,2% e 1,3% em 2024.

Em 2025, a economia da zona euro deverá acelerar 1,6% e a da UE 1,7%.

IG // JNM

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