Num 'briefing' à imprensa para apresentar o programa mensal, o novo embaixador do Equador junto à ONU, José de la Gasca, indicou que, sob a sua presidência, o Conselho de Segurança terá um debate aberto de nível ministerial sobre crime organizado transnacional, em 07 de dezembro, que será presidido pela ministra das Relações Exteriores do Equador, Maria Gabriela Sommerfeld.

Do lado da ONU, é esperada a presença do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, e da diretora do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), Ghada Fathi Waly.

"O crime organizado transnacional é um flagelo em várias regiões do mundo, incluindo na América Latina e nas Caraíbas. O Equador tem sido cada vez mais uma vítima deste flagelo e acreditamos que, devido a todas a implicações deste problema, particularmente para a paz e segurança internacionais, precisamos dp0'oe uma maior sinergia dentro do sistema da ONU e de uma maior cooperação internacional" para enfrentar o problema, defendeu o embaixador.

No dia 15 de dezembro, irá realizar-se o segundo debate aberto da presidência equatoriana, sobre como "enfrentar a ameaça que o desvio, o tráfico ilícito e o uso indevido de armas de pequeno calibre e suas munições representam para a paz e segurança".

A reunião será uma oportunidade para o Conselho de Segurança discutir o relatório bienal do secretário-geral sobre armas de pequeno calibre e ouvir o 'briefing' da alta representante da ONU para Assuntos de Desarmamento, Izumi Nakamitsu.

José de la Gasca frisou que a guerra entre Israel e o Hamas é um tema prioritário e incontornável para o Equador durante o mês de dezembro, e agendou pelo menos uma reunião para abordar o conflito - em 19 de dezembro -, mas salientou que mais reuniões poderão ser marcadas à medida que a situação evolui no terreno.

"A situação no Médio Oriente é preocupante e é uma prioridade para o Equador abordar este conflito com urgência. Durante a nossa presidência, faremos os possíveis para abordar a situação", garantiu o diplomata, que foi nomeado esta semana para o cargo pelo novo Presidente do Equador, Daniel Noboa.

Durante o corrente mês, outros temas relacionados com o Médio Oriente serão debatidos no Conselho de Segurança, como a Síria, montes Golã, Iémen ou Iraque.

Serão também várias as questões africanas integradas no programa de trabalho de dezembro, com foco para a Líbia , Sudão do Sul, República Democrática do Congo e Somália.

Também é provável que se realizem reuniões sobre a Ucrânia, Afeganistão e Haiti.

O Conselho de Segurança deverá realizar ainda o seu debate semestral sobre o Mecanismo Internacional Residual para os Tribunais Penais.

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