"Abordámos também a questão dos ativos [russos] congelados. Houve um debate extremamente positivo sobre o assunto e havia um amplo desejo de que déssemos passos decisivos nesta matéria, pelo que apresentámos ao alto representante [para a Política Externa da União Europeia, Josep Borrell, e à Comissão [Europeia] a necessidade de apresentar propostas operacionais para que possamos ter as capacidades necessárias para mobilizar alguns desses ativos para que possamos ter receitas a fim de prestar apoio a curto prazo à Ucrânia e, depois, a mais longo prazo, para a reconstrução da Ucrânia", disse Charles Michel, em conferência de imprensa no final da cimeira da UE que hoje terminou, em Bruxelas.

"Estamos atualmente a trabalhar numa proposta que se centra inicialmente nos chamados lucros inesperados. Por outras palavras, apresentaremos uma proposta para encontrar uma forma de utilizar as receitas provenientes desses ativos que estão atualmente a beneficiar um número limitado de instituições financeiras na União Europeia. Estes lucros excepcionais são já bastante substanciais. A ideia é retirá-los e canalizá-los através do orçamento ou do bloco da UE para a Ucrânia e para a reconstrução da Ucrânia", explicou.

O líder do Conselho Europeu garantiu que a UE mantém como prioritária a ajuda à Ucrânia, na sequência da invasão russa, lançada em 22 de fevereiro de 2022.

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