"Estima-se que 360.000 pessoas, cerca de uma em cada quatro pessoas da população, enfrentam níveis críticos de insegurança alimentar, das quais 18.500 pessoas enfrentam condições de emergência", refere o relatório, divulgado na quinta-feira, que avalia a situação entre novembro de 2023 e abril de 2024.

O documento prevê também que entre maio e setembro, durante a época de pós-colheita, "tradicionalmente vista como um período de melhoria do acesso aos alimentos, a situação piore".

"Os choques climáticos previstos vão reduzir o rendimento das colheitas, prevendo-se que 19 mil pessoas em seis municípios enfrentem um declínio adicional na sua segurança alimentar e aumentem o número total de pessoas em condições alimentares de emergência para mais de 22 mil", refere o documento.

"A segunda ronda de análise da Classificação de Fase Integrada de Insegurança Alimentar Aguda de Timor-Leste revela a fragilidade e a deterioração dos níveis de insegurança alimentar em 12 dos 14 municípios de Timor-Leste, no meio de sucessivos choques climáticos e aumento dos preços dos alimentos", acrescenta o relatório.

Segundo a representante do PAM em Timor-Leste, Alba Cecilia Garzon Olivares, os choques climáticos e a taxa de inflação mostram que é urgente agir para "evitar uma maior deterioração da insegurança alimentar" no país.

O documento foi elaborado em conjunto pelo Governo, as Nações Unidas e por organizações não-governamentais.

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