O valor representa um aumento de 1,5% face aos cálculos do mês passado e traduz-se em mais 48 milhões de toneladas de cereais, leguminosas e oleaginosas do que em 2022.

A área de colheita no Brasil este ano deve ser de 77,8 milhões de hectares, 6,3% mais do que a área colhida em 2022 (aumento de 4,6 milhões de hectares), e 0,4% maior que a estimativa de agosto (mais 338.967 hectares).

Face a 2022, há aumentos de 26,5% para a soja, 12,3% para o algodão herbáceo (em caroço), 43,3% para o sorgo, 19,6% para o milho, e de 4,8% para o trigo, enquanto para o arroz em casca houve decréscimo de 5,1%.

Arroz, milho e soja serão os protagonistas deste ano, pois juntos representarão 92,1% de toda a produção e responderão por 87,1% de toda a área colhida no país.

De acordo, Carlos Barradas, gerente do IBGE, o clima favorável e duas colheitas já realizadas neste ano explicam os destaques de setembro, que foram o crescimento das produções do milho (3,1%), da soja (0,6%) e do algodão (2,1%).

"Tivemos recorde na colheita total de grãos e nas colheitas de milho, de soja, de sorgo, de algodão (em caroço) e, possivelmente, teremos também na de trigo, se o clima ajudar. (...) pode-se dizer que milho, soja, sorgo e algodão já consolidaram o recorde", disse Barradas.

"O trigo ainda está no campo, com previsão de término da colheita em novembro. Ainda podem acontecer vários fatores que afetem a produção do trigo, pois a cultura é muito sensível ao clima", acrescentou.

Se a nova projeção se confirmar, o Brasil terá dois anos consecutivos com colheitas recordes (2022 e 2023) e superará as perdas que sofreu em 2021 devido às condições climáticas adversas e que fizeram a produção cair de 254,1 milhões de toneladas em 2020 para 253,2 milhões de toneladas em 2021.

CYR // ANP

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