O objetivo é a "geração de emprego, renda e alternativas para uma economia sustentável, criativa, de inovação e uma economia que mantenha a floresta em pé", afirmou o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, citado pela agência Brasil.

A assinatura foi feita na cidade amazónica de Belém, estado do Pará, durante os Diálogos Amazónicos, evento que antecede a Cimeira da Amazónia, organizada pelo Presidente Brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, e que juntará os oito países que têm no seu território a maior floresta do mundo.

Presente no evento, a ministra do Ambiente, Marina Silva, afirmou que o país tem "de reduzir o desmatamento, não com ação de comando e controle, mas com ações de desenvolvimento sustentável"

"A Amazónia tem lugar para todas as atividades. Tem lugar para o agronegócio de base sustentável. Tem lugar para o turismo, tem lugar para o extrativismo, tem lugar para os povos indígenas, tem lugar para bioeconomia", acrescentou.

Desde sexta-feira, com o início dos Diálogos Amazónicos, até quarta-feira com o culminar da Cimeira da Amazónia, a maior floresta do planeta será o mais importante tema da América do Sul, numa consciência coletiva de que salvar a Amazónia é salvar o planeta.

Terça-feira e quarta-feira decorre oficialmente a Cimeira da Amazónia.

Além dos oito países que compõem a Amazónia (Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela), foram convidados a Indonésia, a República Democrática do Congo e a República do Congo, nações que, juntamente com o Brasil, possuem as maiores florestas tropicais do mundo, bem como a França, pela Guiana Francesa.

Quase todos os chefes de Estado dos países da Amazónia marcarão presença no evento, com a exceção do Equador e Suriname.

O Presidente de França, Emmanuel Macron, que é chefe de Estado da Guiana Francesa, ainda não confirmou presença.

Noruega e Alemanha, países que financiam o Fundo da Amazónia, foram também convidados.

Aqui, os oito países amazónios deverão atualizar o Tratado de Cooperação Amazónica (TCA), assinado em Brasília em 1978, que prevê ações conjuntas para equilibrar a proteção da floresta e o desenvolvimento económico. A atualização, segundo o Governo brasileiro, terá como tónica o "respeito pelos direitos humanos, a abordagem intercultural e a soberania".

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