A embarcação foi avistada a 30 milhas náuticas da costa sudeste da ilha, informou o Centro Conjunto de Coordenação de Resgate (JRCC) em comunicado.

Os migrantes foram "encontrados em perigo e desidratados", depois de terem saído do Líbano no dia 18 de janeiro, segundo o JRCC.

"Três crianças e um adulto estavam inconscientes, enquanto três outras pessoas tinham fraturas nos membros inferiores e foram levadas para o hospital", acrescentou a mesma fonte, acrescentando que algumas das pessoas resgatadas estavam em "estado grave".

O ministro do Interior do Chipre, Constantinos Ioannou, referiu que se tratava de "migrantes sírios", acrescentando que tinha alertado "várias vezes para o perigo que correm" os migrantes, "na maior parte das vezes vítimas de redes de tráfico", em "embarcações inadequadas".

De acordo com os meios de comunicação social cipriotas, o barco não conseguiu chegar ao Chipre devido às más condições climatéricas.

Ioannou também recomendou "a criação de uma unidade da Europol, a colaboração com as autoridades libanesas e a participação do serviço de imigração da polícia cipriota no controlo das fronteiras no Líbano".

O Chipre tem registado um aumento das chegadas de embarcações provenientes da Síria, devastada pela guerra, e do Líbano, afetado pela crise.

Alegando estar na linha da frente dos fluxos migratórios dentro da União Europeia, Chipre tem vindo a pedir há vários anos mais financiamento e apoio político de Bruxelas para esta questão. As autoridades afirmam que os requerentes de asilo representam 5% dos 915.000 habitantes da parte sul da ilha.

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