Segundo o portal do executivo de Berlim, este equipamento e armamento provém das forças armadas alemãs e da indústria militar financiada pela Alemanha e inclui 20 veículos Marder, a somar aos 40 já anunciados na listagem anterior, e dois tanques de remoção de minas WISENT 1, que se juntam aos seis já prometidos.

A atualização de equipamento militar inclui mais veículos de transporte e ambulâncias, três mil cartuchos de 125 milímetros, 1,5 milhões de cartuchos de munição para armas de fogo e material para eliminação de munições explosivas, além de sistemas de vigilância e de deteção de 'drones', veículos de transporte e ambulâncias.

A Alemanha autorizou no início do ano o envio para a Ucrânia de tanques modernos Leopard, que Kiev vinha pedindo com insistência, a que se seguiram promessas de fornecimento de vários aliados, incluindo Portugal, e já forneceu uma ampla lista de armamento e de munições em que figuram dois sistemas de mísseis HIMARS.

Em discussão ainda está o envio de mísseis de longo alcance Taurus, que, apesar das pressões internas no parlamento, o Governo de Berlim continua renitente em fornecer por recear que sejam utilizados em território russo.

De acordo com dados do alemão Instituto Kiel, que analisa as remessas de apoio internacional à Ucrânia, a Alemanha é, apenas atrás dos Estados Unidos, o segundo maior parceiro bilateral da Ucrânia em remessas de apoio financeiro, militar e humanitário desde o início da invasão russa em 24 de fevereiro de 2022, com um total de 20,8 mil milhões de euros, o que representa 0,5% do seu Produto Interno Bruto (PIB).

A maior parte desta ajuda é militar (17 mil milhões de euros), seguida de apoio humanitário (2,4 mil milhões) e financeiro (1,4 mil milhões).

A última atualização da pesquisa do Instituto Kiel, em 07 de setembro com base em dados reunidos até 31 de julho e em declarações públicas governamentais de ajuda à Ucrânia em 41 países, revela que a Europa [com 131,9 mil milhões de euros] "ultrapassou claramente" os Estados Unidos [69,5 mil milhões] na ajuda prometida à Ucrânia, sendo agora o total dos compromissos europeus duas vezes maior.

A principal razão é o novo "Mecanismo para a Ucrânia" de 50 mil milhões de euros até 2027, mas também outros países europeus aumentaram o seu apoio com novos pacotes plurianuais.

"É notável a rapidez com que a Europa avançou para um novo e substantivo programa de apoio plurianual para a Ucrânia. Pela primeira vez, os Estados Unidos estão agora ultrapassados ??por uma grande margem", observou o Instituto Kiel como destaque da atualização dos últimos números face à anterior, de 31 de maio.

Além dos novos compromissos da União Europeia como bloco, durante o verão foram divulgados novos compromissos plurianuais de vários países europeus, com realce para o alemão (10,5 mil milhões de euros até 2027), e o norueguês de 6,6 mil milhões de euros em cinco anos.

Os Estados Unidos mantêm-se porém como o principal parceiro bilateral da Ucrânia, com 69,5 mil milhões de euros desde o início da guerra, dos quais 42,1 mil milhões são ajuda militar.

Portugal é o 25.º maior parceiro, num total de 335 milhões de euros, a maior parte em compromissos financeiros (256 milhões), e o 22.º maior 'per capita'.

Ao todo, segundo os números do Instituto Kiel, entre 24 de fevereiro de 2022 e 31 de julho passado, os aliados de Kiev assumiram compromissos no valor de quase 238 mil milhões de euros.

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