O chanceler alemão, Olaf Scholz, e o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, abordaram hoje, numa conversa telefónica, a situação nos territórios palestinianos e as condições humanitárias na Faixa de Gaza, com a Alemanha a reiterar a "completa solidariedade" com Israel.

Em comunicado divulgado pela chancelaria alemã, Scholz reforçou que "os cessar-fogos humanitários poderiam contribuir para uma significativa melhoria do abastecimento à população".

No mesmo comunicado, Netanyahu afirmou que Israel "está a fazer esforços para proteger os civis na Faixa de Gaza, apesar da oposição do Hamas".

No contacto telefónico, os dois políticos terão ainda debatido iniciativas para tentar libertar "o mais rapidamente possível" os reféns detidos pelo Movimento de Resistência Islâmica Hamas, em particular crianças, idosos, doentes e mulheres.

A 07 de outubro, combatentes do Hamas -- desde 2007 no poder na Faixa de Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel -- realizaram em território israelita um ataque de dimensões sem precedentes desde a criação do Estado de Israel, em 1948, fazendo 1.200 mortos, na maioria civis, cerca de 5.000 feridos e mais de 200 reféns.

Em retaliação, Israel declarou uma guerra para "erradicar" o Hamas, que começou por cortes ao abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível na Faixa de Gaza e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre que cercou a cidade de Gaza.

A guerra entre Israel e o Hamas fez até agora na Faixa de Gaza 12.000 mortos, na maioria civis, 30.000 feridos, 3.250 desaparecidos sob os escombros e mais de 1,6 milhões de deslocados, segundo o mais recente balanço das autoridades locais.

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