O anúncio foi feito hoje no Porto, por ocasião do 48.º Congresso APAVT, que decorre até sábado, contando com mais de 770 congressistas, e com o tema a "Inteligência Artificial, a Revolução do Século XXI".

"O destino preferido da APAVT para nós é um passo muito importante porque estamos já neste momento a começar os preparativos para 2025, quando vamos acolher outra vez o Congresso da APAVT", disse a diretora dos Serviços de Turismo de Macau, Maria Helena de Senna Fernandes.

A escolha do "destino preferido" é um projeto anual da APAVT que tem como objetivo contribuir para dinamizar os fluxos turísticos para um determinado destino, através de um trabalho com a associação e os seus associados, sobretudo ao nível da promoção turística.

"Este ano tivemos um ano bastante bom em termos de recuperação [...] e para o ano o nosso trabalho vai ser virado para mercados internacionais. Vamos começar pela Ásia, mas também vamos começar a trabalhar no mercado europeu. Temos um bom relacionamento com a APAVt, tivemos sempre, por isso para o ano, voltamos à BTL [Bolsa de Turismo de Lisboa], graças à APAVT, para nos ajudar [neste objetivo] e também vamos, em princípio, marcar presença na Fitur. E, daqui para a frente, penso que vamos ter mais ações na Europa", acrescentou.

A diretora dos Serviços de Turismo de Macau disse ainda que vão lançar com a APAVT um programa de formação para agências de viagens.

Em 30 de junho, a APAVT anunciou, em Macau, que o 50.º congresso da organização, em 2025, vai realizar-se em Macau, levando à região chinesa, pelo menos, 750 representantes da indústria.

O presidente da APAVT disse, na altura, à Lusa que é "com muita felicidade" que o congresso irá regressar pela sexta vez a Macau, que se tornará a cidade a mais vez acolher "a maior reunião do setor turístico português".

Pedro Costa Ferreira considerou que será "um encontro de números muito felizes", uma vez que a edição de 2025 será o 50.º congresso da APAVT, no ano em que a associação celebra 75 anos de existência.

"É um grande esforço da nossa parte junto da APAVT", afirmou a diretora dos Serviços de Turismo de Macau, também na altura.

Maria Helena de Senna Fernandes disse esperar que "quase mil representantes" da indústria do turismo viajem de Portugal para o congresso da APAVT em Macau, em 2025, enquanto Pedro Costa Ferreira previu, "no mínimo 750, 800 pessoas".

A China foi o último grande país a abandonar, em meados de dezembro, a chamada política 'zero covid', que durante perto de três anos implicou o quase encerramento das fronteiras do país.

Pedro Costa Ferreira afirmou que a indústria portuguesa do turismo está "a começar a notar" o regresso das excursões organizadas vindas da China: "isso nós recebemos com um sorriso nos lábios, porque era o último passo que necessitávamos para podermos falar em total normalidade".

O Instituto de Pesquisa de Turismo Externo da China estimou que 40 milhões de turistas chineses vão viajar além-fronteiras nesta segunda metade do ano.

Em 2019, o último ano antes da pandemia de covid-19, 155 milhões de chineses viajaram para o exterior, de acordo com uma análise do banco de investimento norte-americano Citigroup. No total, os turistas oriundos da China continental gastaram 255 mil milhões de dólares (236 mil milhões de euros) além-fronteiras.

MSF (VQ/JPI) // VAM

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