O 'briefing' foi convocado pelos Estados Unidos (que detêm este mês a presidência rotativa do Conselho de Segurança), Albânia, Japão e Coreia do Sul e visa discutir a ligação entre os abusos e violações dos direitos humanos observados na Coreia do Norte e a paz e segurança internacionais.

O alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Turk, a relatora especial da ONU sobre a situação dos direitos humanos na Coreia do Norte, Elizabeth Salmón, e um representante da sociedade civil são esperados na reunião.

"Este é o primeiro 'briefing' aberto do Conselho de Segurança sobre a situação dos direitos humanos na República Popular Democrática da Coreia [designação oficial do país] desde 2017. E está muito atrasado", disse, na semana passada, a embaixadora dos Estados Unidos junto da ONU, Linda Thomas-Greenfield, ao anunciar a reunião.

"Proteger as pessoas em todo o mundo é parte integrante da Carta da ONU e uma importante responsabilidade do Conselho de Segurança. E isso significa responsabilizar o regime da Coreia do Norte pelos seus abusos e violações dos direitos humanos", acrescentou a representante.

A diplomata argumentou que os abusos e violações atribuídos ao regime norte-coreano "facilitam o avanço do respetivo programa ilegal de armas de destruição em massa e mísseis balísticos".

Ainda de acordo com Linda Thomas-Greenfield, o Conselho de Segurança da ONU deverá abordar os "horrores, abusos e crimes perpetrados diariamente" pelo regime liderado por Kim Jong-un "contra os seus próprios cidadãos -- e pessoas de outros Estados-membros, incluindo o Japão e a Coreia do Sul".

Esta reunião decorre num momento de renovadas tensões na península coreana, marcado por recentes testes de mísseis norte-coreanos, incluindo o lançamento do seu mais sofisticado míssil balístico intercontinental.

O regime de Pyongyang tem rejeitado repetidamente as acusações de abusos e culpa as sanções de que é alvo pela terrível situação humanitária que enfrenta.

Resoluções adotadas pelo Conselho de Segurança da ONU têm vindo a estabelecer sanções políticas e económicas contra o regime norte-coreano na sequência do desenvolvimento, desde 2006, de um programa nuclear e balístico que é encarado com grande apreensão pela comunidade internacional.

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