"Ontem à noite, quase 30 ['drones'] 'Shahed' foram destruídos nos nossos céus", afirmou o Presidente ucraniano na rede social Telegram, numa mensagem em que também agradeceu aos militares do país, em particular à Força Aérea e unidades de mísseis antiaéreos.

"A vossa precisão, rapazes, é literalmente vida para a Ucrânia", disse Zelensky.

"À medida que o inverno se aproxima, haverá mais tentativas russas de tornar os ataques mais poderosos. É crucial que todos nós na Ucrânia sejamos cem por cento eficazes", referiu.

Isto, adiantou, "apesar de todas as dificuldades, de todo o cansaço, de todas as tentativas de enfraquecer a Ucrânia".

Esta semana, Zelensky afirmou que a Rússia está a armazenar mísseis para ataques contra as infraestruturas ucranianas este inverno.

A Ucrânia espera uma nova vaga de ataques russos contra a sua rede energética, como ocorreu no inverno anterior, quando milhões de ucranianos ficaram sem aquecimento ou eletricidade enquanto enfrentavam temperaturas baixas.

Zelensky disse que a Ucrânia está mais bem preparada este inverno do que no ano passado, em particular com defesa aérea fortalecida, mas admitiu que as forças russas usem mais armas, num "inverno difícil".

Estimou ainda que o exército ucraniano consegue abater 75-80% dos 'drones' explosivos 'Shahed' fabricados no Irão que a Rússia utiliza frequentemente, especialmente durante os seus ataques noturnos.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou, de acordo com os mais recentes dados da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

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