Edição por Ana Maria Pimentel

Hoje celebra-se o Dia Nacional da Doação de Órgãos e da Transplantação, que assinala o aniversário do primeiro transplante feito em Portugal. Uma mudança na história do país e na vida de tanta gente, aliás na possibilidade de tanta gente ter uma vida.

Portugal é um farol no que à doação de orgãos diz respeito, uma vez que todos os habitantes nacionais o são a não ser refiram não querer doar os seus órgãos. E isso reflete-se nos números, dados da atividade nacional de doação e transplantação de órgãos em 2022 em Portugal, divulgados pelo Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST), através da Coordenação Nacional da Transplantação, referem que os resultados “foram globalmente positivos, retomando de forma consistente o crescimento pós-pandemia”. O número de transplantes de órgãos atingiu os 814 no ano passado, mais 15 do que em 2021, revelam estes dados, segundo os quais foi alcançado o maior número de sempre de pulmões transplantados.

Contudo, segundo a presidente da SPT, em Portugal, estão cerca de 1.800 pessoas a aguardar um transplante renal e o tempo de espera médio nesta lista é de cerca de cinco anos. “Muitos doentes estão em diálise este período de tempo”, refere. A especialista aponta ainda o programa nacional e internacional de doação renal cruzada, em que se cruzam os transplantes quando os pares dador/recetor não são compatíveis. E defende que haja uma alteração da lei que permita a recolha de órgãos a pessoas que estão em fim de vida, nos cuidados intensivos, a quem não chega a ser declarada morte cerebral.

*Com Lusa

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